Evento pré-COP30 realizado em Brasília entre 29 e 31 de julho reúne especialistas, autoridades e organizações internacionais para discutir políticas públicas de adaptação do setor saúde frente aos impactos das mudanças climáticas. A conferência internacional é organizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a OMS, OPAS e a Aliança para Ação Transformadora sobre Clima e Saúde (ATACH).
O principal foco do encontro é o Plano de Ação em Saúde de Belém, proposta brasileira que será apresentada durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro de 2025, em Belém (PA). O plano busca fortalecer sistemas de saúde diante de eventos climáticos extremos, com estratégias como alerta precoce, resiliência territorial e equidade no atendimento.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a urgência da mobilização coletiva para enfrentar a crise climática. Segundo ele, o Brasil propõe um esforço conjunto para garantir justiça climática e melhorias estruturais no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente nas regiões mais vulneráveis.
Durante o evento, a Organização Pan-Americana da Saúde reforçou seu apoio à implementação do plano brasileiro, afirmando que está pronta para colaborar com ações em nível nacional e subnacional. Para a CEO da COP30, Ana Toni, o encontro representa um passo decisivo na formulação de soluções concretas que integrem clima e saúde pública.
A conferência também sedia o encontro anual da ATACH, reunindo representantes de governos, agências internacionais, sociedade civil e especialistas em saúde e meio ambiente. A programação inclui plenárias, oficinas, painéis e laboratórios de ideias, com o objetivo de trocar experiências e apresentar inovações adotadas em diversos países.
Além do Plano de Belém, o Brasil avança na implementação de duas iniciativas complementares: o AdaptaSUS, voltado à adaptação climática do setor saúde, e o Plano + Saúde para a Amazônia, com ações direcionadas à redução das desigualdades regionais e valorização de tecnologias sustentáveis nas populações da Amazônia Legal.
Também estão previstas medidas estruturantes, como a ampliação da atenção básica por meio da construção de Unidades Básicas de Saúde em comunidades indígenas e áreas remotas, e investimentos no monitoramento da qualidade da água em Belém e em outras cidades do Pará.
