Ferramenta do IPAM e Banco Mundial prevê desmatamento na Amazônia

O IPAM, em colaboração com o Banco Mundial, desenvolveu uma ferramenta inovadora para prever o desmatamento na região da Amazônia. Essa parceria resultou na criação de uma plataforma de análise avançada que combina dados macroeconômicos e de governança local para antecipar a perda de vegetação nativa nos estados da Amazônia Legal.

A nova ferramenta oferece projeções precisas que podem informar políticas públicas e estratégias de conservação. Baseando-se na nota técnica intitulada “Cenários espaço-temporais para o desmatamento na Amazônia Legal brasileira”, os pesquisadores foram capazes de projetar três cenários distintos, cada um com suas próprias implicações.

No cenário “Business as Usual”, que considera apenas tendências históricas, o desmatamento previsto entre 2020 e 2025 é alarmante, indicando uma área de cerca de 50 mil km2, 35% maior do que em cenários que incorporam fatores macroeconômicos.

Os resultados destacam áreas de alto risco, como o centro do Pará e o sul do Amazonas, confirmando a tendência de concentração do desmatamento em certas regiões, como a “Amacro”, na junção das fronteiras do Amazonas, Acre e Rondônia.

A importância da governança na conservação também é ressaltada, com reduções significativas no desmatamento em áreas de florestas públicas quando políticas adequadas são aplicadas.

No entanto, mesmo nos cenários mais otimistas, existe o risco de “vazamentos” de desmatamento para outras regiões, como assentamentos de reforma agrária e propriedades rurais, além de Unidades de Conservação.

A plataforma já está disponível para consulta pública no endereço https://forestatrisk.ipam.org.br, fornecendo dados detalhados que podem orientar ações para a preservação da Amazônia Legal. Essa iniciativa visa fornecer uma base sólida para a tomada de decisões e a implementação de medidas direcionadas à conservação da região.

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