Arcebispo de Manaus é destaque entre papáveis no conclave
Em meio à expectativa global pelo novo líder da Igreja Católica, um nome ressoa com força e esperança diretamente da Amazônia: Dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus e primeiro cardeal da região, é apontado como um dos favoritos no conclave que escolherá o próximo Papa.
Sua nomeação como cardeal pelo Papa Francisco, em 2022, foi mais do que uma honra pessoal; representou um gesto simbólico e poderoso de atenção à Amazônia, região vital para o equilíbrio ambiental do planeta. Dom Leonardo expressou que sua nomeação é “uma expressão de carinho, acolhida, proximidade e de cuidado do Papa Francisco para com toda a Amazônia”.
Quem é Dom Leonardo Steiner?
Nascido em Forquilhinha, Santa Catarina, em 6 de novembro de 1950, Dom Leonardo ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1972 e foi ordenado sacerdote em 1978. Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum de Roma, passou por diversas missões dentro da Igreja, incluindo a Prelazia de São Félix do Araguaia (MT) e a Arquidiocese de Brasília. Em 2019, assumiu como arcebispo de Manaus e, três anos depois, tornou-se o primeiro cardeal da Amazônia brasileira.
Um Papa com a cara da Amazônia?
Dom Leonardo é um defensor incansável da floresta, dos povos originários e de uma Igreja voltada aos mais vulneráveis. Com forte afinidade aos valores do Papa Francisco, sua atuação está marcada pelo cuidado com a Casa Comum, o diálogo com outras culturas e a valorização da espiritualidade amazônica. Ele já afirmou que deseja manter viva a presença da Amazônia na memória da Igreja — e isso diz muito sobre o impacto que sua possível eleição poderia gerar.
E se o próximo Papa tiver raízes amazônicas?
A eleição de Dom Leonardo Steiner como Papa não seria apenas um marco histórico, seria também um divisor de águas para a região. A Amazônia, tantas vezes invisibilizada, passaria a ocupar um lugar central no coração da Igreja e do mundo.
Para Manaus, a visibilidade internacional seria imensa. O turismo religioso ganharia força, e o mundo voltaria seus olhos para a floresta não apenas como patrimônio natural, mas como centro espiritual e cultural. Igrejas, centros históricos e iniciativas sociais poderiam atrair investimentos e peregrinos de todas as partes do globo.
Além disso, a mensagem de um Papa amazônico teria enorme força política e ambiental: o cuidado com a floresta deixaria de ser apenas uma pauta regional para tornar-se uma prioridade ética da humanidade. E isso, sem dúvida, fortaleceria as lutas locais por preservação, justiça social e valorização cultural.