Sábado, 12 de Julho 2025
Manaus 27°C

Porto de Manaus Terá Usina a Gás para Guindastes Elétricos

Nova usina a gás natural vai abastecer guindastes elétricos no Super Terminais e reduzir emissões de CO₂ no Porto de Manaus.

Compartilhe:

Diego Peres e Mauro Neto (Secom)
Diego Peres e Mauro Neto (Secom)

Publicidade

Anuncie neste espaço. Contate-nos.

Uma parceria firmada entre a empresa Super Terminais e o setor público vai permitir a construção da primeira usina a gás natural do Norte do Brasil voltada exclusivamente para operações portuárias. O investimento de R$ 30 milhões visa abastecer os guindastes elétricos do porto Super Terminais, modernizando a infraestrutura energética e promovendo práticas mais sustentáveis em Manaus.

A nova usina será responsável por fornecer energia elétrica aos três guindastes Konecranes em operação no porto, considerados os primeiros guindastes elétricos do mundo. A alimentação será feita por meio de tubulações subterrâneas, eliminando o transporte rodoviário de diesel e aumentando a segurança das operações. A expectativa é de uma redução de aproximadamente 17 mil toneladas de dióxido de carbono por ano nas atividades do terminal. As obras têm previsão de duração de 12 meses.

Diego Peres e Mauro Neto (Secom)
Diego Peres e Mauro Neto (Secom)

O projeto inclui a construção de 3,5 quilômetros de gasoduto com capacidade de fornecer até 12 mil metros cúbicos de gás natural por dia. A iniciativa resulta de uma parceria iniciada há dois anos entre a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) e a Super Terminais, com o objetivo de incentivar o uso de fontes mais limpas no setor portuário.

Estiveram presentes na assinatura do contrato o presidente da Cigás, Heraldo Beleza, o deputado estadual Diego Afonso, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, Audaliphal Silva, o secretário de Energia, Mineração e Gás, Ronney Peixoto, o diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, Gustavo Picanço, o presidente da OAB-AM, Jean Cleuter, e o vereador Diego Afonso.

Diego Peres e Mauro Neto (Secom)
Diego Peres e Mauro Neto (Secom)

A iniciativa faz parte de um conjunto de ações que vem posicionando o gás natural como alternativa estratégica para o desenvolvimento econômico do Amazonas. Desde 2019, políticas públicas têm impulsionado o setor, incluindo a sanção da Lei nº 5.420/2021, conhecida como Lei do Gás, que rompeu o monopólio da distribuição e abriu espaço para novos investimentos.

Entre os principais projetos em andamento está o Complexo do Azulão 950, localizado no município de Silves. Lá, a empresa Eneva está investindo R$ 5,8 bilhões na construção de três usinas termelétricas movidas a gás natural, com capacidade para atender 3,7 milhões de residências. A conclusão das obras está prevista entre o fim de 2026 e o início de 2027, com mais de 5 mil empregos gerados no pico das construções.

Atualmente, o Amazonas conta com 335 quilômetros de rede de gasodutos, atendendo mais de 25 mil unidades consumidoras em sete municípios. No setor industrial, o gás natural representa uma alternativa mais econômica e sustentável, com economia de até 47% em comparação ao diesel e 54% em relação ao GLP.

Publicidade

Anuncie neste espaço. Contate-nos.